INTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GETULIO VARGAS

Fundado em 14 de junho de 1995

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Hemeroteca já pode ser consultada


Com recursos do Fundo Municipal da Cultura o Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas pode encadernar o acervo de jornais editados no município. Com a criação da hemeroteca os periódicos já podem ser consultados na sala de pesquisa da instituição localizada no mesmo prédio da Biblioteca Pública Municipal Dr. Léo Stumpf.

A hemeroteca é formada por noventa e quatro peças encadernadas e identificadas com o título do jornal e período de circulação. O Getuliense, editado entre os anos de 1936 e 1937, é o título mais antigo do acervo. De acordo com o professor Neivo Angelo Fabris, a coleção completa formada por dezessete números do jornal Chico Tasso, dirigido por Oscar Six entre os anos de 1949 e 1950, também integra o acervo. .

O presidente do IHGGV lamenta que nenhum exemplar do jornal O Erechim, lançado no ano de 1919 e extinto na primeira semana de 1923 tenha sido preservado. “O semanário editado por Candido Cony e Mathias Lorenzon foi o primeiro jornal da região do Alto Uruguai rio-grandense”, revelou. O Circulista, órgão oficial do Circulo Operário de Getúlio Vargas chama a atenção por ter sido impresso através de mimeógrafo a álcool.

Da década de 1980 a coleção completa do semanário O Panorama e exemplares diversos do jornal Realidade. As trezentas e sessenta e seis edições do jornal A Voz da Serra Getúlio Vargas que circulou de novembro de 1992 a novembro de 1999 também foi encadernada. Da mesma época o Diário da Manhã Getúlio Vargas, que circulava aos domingos.

Integram ainda o acervo da hemeroteca os jornais A Folha Regional e Tribuna Getuliense. De igual modo o jornal O Povo, lançado no ano passado e que deixou de circular. Outros periódicos como Revista de Vanguarda, que marcou época, integram o acervo e exemplares isolados do jornal O Município de Getúlio Vargas da década de cinqüenta do século passado.
Fonte: Jornal A Folha Regional, edição do dia 11 de dezembro de 2009 - página 4

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vanda Groch recebe comenda Cruz da Ordem do Mérito da República da Polônia


VERDE/AMARELO - VERMELHO/BRANCO

UM NOVO TEMPO NA RECÍPROCA

BRASIL x POLÔNIA x BRASIL

Dia 11 de novembro é uma das datas nacionais polonesas, que celebra o momento da recuperação da Independência da Polônia, ao final da Primeira Guerra Mundial. Na data de 10 passado participamos, em Curitiba, das comemorações na qualidade de Cônsul Honorária da República da Polônia para o Alto-Uruguai e Missões. As mesmas foram em dois momentos distintos: reunião à tarde e concerto à noite.

A reunião de trabalho aconteceu das 16h às 19h, coordenada pela Senhora Cônsul, Dorota Joanna Barys, Cônsul Geral da Polônia para os três estados do sul, com a presença do Exmo. Sr. Jan Borkowski - Vice-Ministro das Relações Exteriores da Polônia, da Sra. Regina Jurkowska, do Departamento de Cooperação Polonesa no Estrangeiro - Wspólnota Polska, do Exmo. Sr. Jacek Kisielewski, Embaixador da Polônia, em Brasília, e convidados representando Braspol: Rízio Wachowicz – Presidente nacional e André Hamerski – do nosso Estado, e entidades de São Mateus do Sul, São Bento do Sul, Curitiba e Erechim. Após as falas oficiais, os participantes manifestaram seus sentimentos num momento tão significativo de tão ilustre visita, apresentaram suas considerações, idéias, preocupações e solicitações, além de fazer entrega de correspondências e relatórios.

Ao final o Sr. Ministro não poderia ter sido mais feliz, bem como o Sr. Embaixador cujas palavras são de grande valia para todos nós refletirmos, o sentimento que une os dois países e, principalmente, as próximas ações da Diplomacia, as quais devem merecer nossa atenção e apoio efetivo.

O vice ministro Jan Borkowski, muito jovem e competente, disse dos objetivos do Ministério das Relações Exteriores da Polônia em conhecer as peculiaridades das comunidades polonesas em outros países, onde os imigrantes e seus descendentes estão integrados ao povo. Manifestou sua grande satisfação e surpresa em conhecer o Brasil, seu dinamismo, suas especificidades. seu povo. Neste momento o Ministério está muito direcionado às ações na América Latina. Em relação ao Brasil, em aproximar as autoridades brasileiras da Polônia, transformando a indiferença em interesse.

Também preside um Grupo Interministerial que trata das relações internacionais com as comunidades polonesas, considerando que elas também fazem parte da identidade nacional. Ao final de 2009 será editado um relatório sobre os imigrantes poloneses, com dados de 30 países. Este documento será fundamental para as ações a serem empreendidas.

O Senhor Embaixador, Jacek Junosza Kisielewski, adiantou que estão sendo organizadas duas agendas pela Embaixada da Polônia em Brasília, uma para abril e outra para maio/2010. Trata-se de intercâmbios de Parlamentares Brasileiros e Poloneses e, no campo empresarial, missões de empresários - brasileiros e poloneses - do comércio, indústria e Turismo, na recíproca do vai e vem, para que se entenda este novo momento da globalização, respeitando as peculiaridades de cada País.

No segundo momento, foi o Recital de Piano que teve lugar às 20h 15min, no Espaço Cultural Capela Santa Maria, com Marian Sobula e obras de Chopin e Szymanowski. Somente quatro pianistas, no mundo, executam de fato a obra de Szymanowski.

Antecedendo o recital, abrindo a noite, os Hinos da Polônia e do Brasil e o pronunciamento da Senhora Cônsul, quando discorreu sobre a data da Independência em 11 de novembro de 1918, tocando com muita precisão e elegância nos principais pontos da História da Polônia, até o advento da democracia, em 1989. Aplausos efusivos ecoaram por alguns minutos.

Nas comemorações das datas nacionais, o Presidente da Polônia, LECH KACZYNSKI, honra alguém com alguma distinção. Neste ano, a comenda: CRUZ DA ORDEM DO MÉRITO DA REPÚBLICA DA POLÔNIA coube a mim. Esta honraria me foi atribuída em 28 de outubro de 2008, e entregue pelo Vice-Ministro do Ministério das Relações Exteriores Jan Borkowski, nesta ocasião.

Ao agradecer, dediquei a Comenda aos imigrantes e seus descendentes e aos jovens, para que construam a paz e que nunca, nenhum país, nem a Polônia, precisem passar por tempos tão cruéis. Falei da importância dos pais falarem com amor, para seus filhos, sobre suas raízes, para que sejam firmes e resistentes. Estas lições recebi do meu pai, chegado ao Brasil em 1930. Divido com todos que fazem a Cultura Polonesa acontecer, onde quer que estejam e por todos os tempos.

Foto: Comenda: Cruz da Ordem do Mérito da República da Polônia

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O exercício da Medicina na região Norte do RS

* Neivo Angelo Fabris

No Brasil, Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos o Dia do Médico é comemorado no dia 18 de outubro. A data foi escolhida por ser dia consagrado a Lucas. Pintor, músico e historiador, considerado um dos mais intelectuais discípulos de Cristo, Lucas teria estudado Medicina em Antioquia. A efeméride é comemorada desde o século XV.
Os registros sobre o exercício da profissão na região de Getúlio Vargas ainda são escassos. Dentre as fontes disponíveis a edição especial alusiva aos 64 anos do município de Getúlio Vargas. Nas vinte e oito páginas do suplemento do semanário A Voz da Serra Getúlio Vargas, que circulou no dia 18 de dezembro de 1998, o registro da atividade médica exercida desde os primórdios da colonização, iniciada há exatos cem anos.
Nos relatórios de Severiano de Souza e Almeida, chefe do escritório da Comissão de Terras da Colônia Erechim, o relato da chegada de um grupo de homens gravemente enfermos, com moléstias contraídas na Amazônia. Todos haviam trabalhado na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, e da sede da colônia seguiram para a então sede do município de Passo Fundo para o tratamento. Este era o destino de todos os que estavam estabelecidos na região e necessitavam de atendimento médico.
Durante anos alguns poucos profissionais da medicina estabelecidos em Passo Fundo, e posteriormente de Boa Vista do Erechim, se deslocavam de trem até Estação Erechim (hoje Estação), e depois para Erechim (Getúlio Vargas). Lideranças locais, reunidas no dia 18 de janeiro de 1925 na sede da Sociedade Italiana fundaram uma entidade beneficente que recebeu o nome de Novo Hospital São Roque. A casa de saúde que havia sido criada anteriormente com o mesmo nome, instalada provisoriamente no salão paroquial havia sido desativada.
A inauguração do hospital totalmente em madeira ocorreu no dia 2 de outubro de 1927 (foto). O trabalho de edificação ocorreu através de mutirão e a confecção dos colchões, travesseiros, fronhas e lençóis pelas mulheres. O primeiro médico da instituição foi o Dr. José Canessa, seguido Epaminandas Greca, Paulo Rossito e José Bruguer. Este último, de nacionalidade austríaca teve destacada atuação nas áreas clínica e cirúrgica, tendo assumido o lugar deixado pelo Dr. Canessa que fundou na Estação Erebango o Hospital Nossa Senhora da Saúde.
Parte das fontes históricas sobre a atividade médica desde o período em que a localidade ainda se chamava Erechim foi preservada pelo Dr. Olavo Walter Padaratz. No acervo coletado desde o período em que era estudante de Medicina, recortes de jornais de Passo Fundo, Boa Vista do Erechim, Caxias do Sul, Cruz Alta e Porto Alegre. Dentre as matérias merece destaque a enviada “via postal” ao jornal O Nacional, de Passo Fundo. Em duas colunas o correspondente local descreve o excelente momento vivido pelo Hospital São Roque no ano de 1933, citando as diferentes cirurgias realizadas.
Neste caderno especial alusivo ao Dia do Médico, a reprodução da lista elaborada pelo Dr. Olavo com o registro do nome dos colegas que exerceram a profissão junto ao Hospital São Roque. Falecido no ano de 2005, aos 80 anos de idade, dos quais cinqüenta dedicados a Medicina, o Dr. Padaratz, como também era chamado, integra a galeria dos homens e mulheres que empregaram seus conhecimentos a serviço da vida.







(Texto publicado no Guia da Saúde - Especial Dia do Médico, suplemento do semanário A Folha Regional que circulou no dia 16 de outubro de 2009).

III Conferência Municipal da Cultura

No próximo dia 29 de outubro será realizado a III Conferência Municipal da Cultura com o tema "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento". A participação da direção e integrantes do IHGGV é de extrema importância. Lembramos que o Conselho Municipal da Cultura é presidido por Pedro Antônio Tagliari e pela vice-presidente Anissara Zir, nossos confrades.
Abaixo o Ofício Circular Nº 048/2009 que recebemos.
Cordialmente,
Neivo A T Fabris - Presidente

Of. Circ. Nº 48/09 Getúlio Vargas, 21 de outubro de 2009.
Senhor Neivo Angelo Fabris
M.D. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas


O Conselho Municipal da Cultura e a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, convidam Vossa Senhoria para participar da III Conferência Municipal da Cultura, que se realizará, no Centro Catequético, no dia 29 de outubro de 2009, a partir das 19h e 30min, com o tema “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”.
Contamos com a Vossa presença.


Atenciosamente

Anissara Zir Eliane Maria Granella
Vice-Presidente do Conselho Secretária Municipal de Educação,
Municipal da Cultura Cultura e Desporto

terça-feira, 13 de outubro de 2009

II Encontro Gaúcho de História e Saúde

» II Encontro Gaúcho de História e Saúde – Fontes e Acervos da Saúde

No dia 27 de novembro o Departamento de História da Universidade Federal de Santa Maria sedia o II Encontro Gaúcho de História e Saúde – Fontes e Acervos da Saúde. O evento é uma promoção do departamento da UFSM junto com o GT História e Saúde/ANPUH-RS e tem as seguintes temáticas: “Historiografia da saúde e da enfermidade”, “Processos de medicalização”, “Cidade, saúde, enfermidade”, “Políticas públicas em saúde e instituições”, “Práticas de cura”, e “Enfermidade, cura e sociedade”.

O envio de resumos de trabalhos para o encontro deve ser feito até 31 de outubro de 2009 para beatriztweber@gmail.com identificados como “resumo história e saúde”. Cada autor pode apresentar apenas um trabalho, que deve constar nome do autor, titulação, filiação institucional e e-mail. O texto deve estar em fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço simples e no máximo 15 linhas.

Os textos finais deverão ser remetidos até 10 de novembro para publicação em CD-ROM identificados como “texto final história e saúde”. As apresentações durarão 10 minutos, seguidas de debate.
Fonte: Museu de História da Medicina do RS.

Exposição 1000 Anos dos Judeus na Polônia encerra na sexta-feira (16)










Prossegue nesta semana a exposição "1000 Anos dos Judeus na Polônia. O evento cultural esta sendo realizado numa parceria do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas e Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto. Um grande número de pessoas, na maioria estudantes e professores das escolas públicas e particulares do município, e também de cidades vizinhas, já passaram pelo local. A professora Rosmari Krasuski, secretária do IHGGV esta recebendo os visitantes. No registro fotográfico feito na abertura da mostra na manhã do dia 30 de setembro, o Grupo de Danças Polonesas da E.M Antônio Zambrinski. Na outra imagem o prefeito Pedro Paulo Prezzotto e a esposa Margarente, a titular da SMECD, professora Liane Granella, a assessora cultural Janete. E ainda Lisolete Stawinski e Neivo A T Fabris, do IHGGV.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Imigração Judáica - Cemitério preserva a história em Quatro Irmãos

Neivo A T Fabris *

No ano de 1909 a Jewish Colonization Association (ICA) adquiriu no Sertão do Alto Uruguai, território do município de Passo Fundo, a Fazenda Quatro Irmãos com uma área de 93.985 hectares. Criada em Londres pelo Barão Maurício de Hirsch havia 18 anos, a ICA tinha entre seus objetivos a instalação de colônias agrícolas em diferentes países, com a emigração de judeus perseguidos no leste Europeu. Passados cem anos, resistem ao tempo marcas do empreendimento, como o Cemitério Judaico, o prédio que abrigou o Hospital Leonardo Cohen e o nome de ruas da sede do município de Quatro Irmãos em homenagem aos pioneiros.
A primeira leva de imigrantes judeus desembarcou na Estação Erebango no ano de 1911, o lugar mais próximo da sede da Colônia Quatro Irmãos servido pela ferrovia que havia entrado em funcionamento no ano anterior. Na localidade, a empresa manteve nos anos iniciais seu escritório. Até o ano de 1914 havia entrado cerca de 250 imigrantes, grande parte da Bessarábia, região banhada pelo Mar Negro, no Império Russo. E ainda das Colônias Maurício e Filippson, ambas de propriedade da ICA, a primeira localizada na Argentina e a segunda, criada em 1904, em Santa Maria.
Além da empresa colonizadora pertencente a ICA, outros projetos de colonização foram responsáveis pela ocupação da região Norte do RS. No mesmo ano que a ICA adquiriu a área da Fazenda Quatro Irmãos, pertencente ao conselheiro Alves Araújo, o governo do Estado, através da Secretaria de Obras Públicas instalou a sede da Colônia Erechim, que recebeu nos anos seguintes migrantes/imigrantes italianos, alemães, poloneses, russos, franceses e outros. A sede da referida colônia originou a cidade de Getúlio Vargas.
A construção da estrada de ferro ligando Santa Maria a Itararé, que cortou a região, foi vital para os empreendimentos de colonização. A Compagnie Auxiliaire de Chemins de Fer au Brésil, empresa belga que havia arrendado o serviço ferroviário no RS, era presidida por Franz Philippson, sócio da ICA e seu vice-presidente. Boa parte da área da Fazenda Quatro Irmãos era coberta de araucária, e além da sede, que posteriormente foi ligado por um ramal férreo a Estação Erbango, foram criadas duas agrovilas denominadas de Baronesa Clara e Barão Hirsch.
Os imigrantes receberam lotes de 25 a 30 hectares, dependendo do número de membros da família. De igual modo uma casa de madeira, instrumentos agrícolas, junta de bois, duas vacas, cavalo e sementes, que deveriam ser pagos a companhia num prazo de dez a quinze anos. Alguns estudos apontam o fracasso da colonização a origem dos imigrantes, que na sua maioria não eram agricultores. O fato é que grande parte dos que se fixaram em Quatro Irmãos nos primeiros anos do projeto abandonaram a colônia para se fixar em Boa Vista do Erechim, Passo Fundo, Santa Maria e Porto Alegre. Os números da ICA revelam que no ano de 1922 permaneciam na área apenas 55 israelitas.
Novos administradores foram nomeados para Quatro Irmãos e outras tentativas de fixação de imigrantes na terra ocorreram sem sucesso. Enquanto os colonos eram instalados em área de campo, a ICA explorava o potencial madeireiro através de inúmeras serrarias. Sem condições de ampliar as atividades agrícolas, restava aos colonos a opção pela criação de gado, o cultivo do amendoim e da mandioca. Nem mesmo a instalação pela ICA de uma fábrica de azeite a partir da produção de amendoim, e de atafona para produção de farinha de mandioca, viabilizaram a atividade primária.
O número de imigrantes foi caindo até que na década de 1930 cessaram por completo. Na década seguinte a exploração da madeira, facilmente escoada pela ferrovia, teve continuidade. A derrubada contínua e a inexistência de áreas de reflorestamento foi denunciada ao governo do Estado, mas o Delegado Florestal do RS saiu na defesa da companhia. O desmembramento de áreas para venda se intensifica e passa a representar a maior fatia do faturamento, seguida da exploração de matos, operação do ramal férreo, venda de mercadorias em estoques, juros e outras de menor importância.
No ano de 1962 a Jewish Colonization Association (ICA) da por encerrada a tarefa de companhia colonizadora e se retira de Quatro Irmãos. O hospital construído no ano de 1933 para atender a população, e que durante anos também serviu a demanda de pessoas da região deixou de receber a subvenção anual. As escolas existentes na área já haviam sido assumidas pelo poder público desde a década de 1940. A população judia de Quatro Irmãos foi diminuindo ainda mais na medida que a ICA foi sendo liquidada.
Hoje a área inicial da ICA no Alto Uruguai integra o território de diversos municípios como Erebango, Jacutinga, Campinas do Sul Erechim e Quatro Irmãos, este emancipado no ano de 1996. Os eleitores de Quatro Irmãos elegeram seu primeiro prefeito e os integrantes da Câmara empossados em 1º de janeiro de 2001. Em pouco mais de oito anos, os governos e comunidade garantiram inúmeros avanços no campo sócio-econômico.
Em que pese ter no município um diminuto número de descendentes dos imigrantes judeus, muitos pioneiros são homenageados com o nome de logradouros públicos. O antigo hospital, que serviu quando da instalação do município como sede do poder executivo foi tombado como patrimônio histórico e abriga o museu. A Sinagoga e a maioria das edificações em madeira já não existem. Preservado está o Cemitério dos Judeus, que periodicamente é visitado por descendentes daqueles que acreditaram ser possível viver numa nova pátria, sem perseguições e em condições de prosperar.
* Professor, presidente do IHGGV e Editor do semanário A Folha Regional,
(Publicado no suplemento Enfoque, editado pelo jornal Diário Serrano (Cruz Alta) e encartado nos jornais impressos nas oficinas do mesmo, dentre os quais A Folha Regional (Getúlio Vargas).

Lançamento do livro "História do Sindicato dos Bancários de Carazinho e Região", da sócia correspondente do IHGGV Silvana Moura.


A historiadora Silvana Moura, sócia correspondente do IHGGV, vai lançar em Carazinho, Porto Alegre e Passo Fundo (detalhes no convite) a obra "História do Sindicato dos Bancários de Carazinho e Região". O prefácio foi escrito pelo ex. bancário Olívio Dutra e os comentários por Ney Eduardo Possapp d'Avila, que também é sócio correspondente do instituto local.

domingo, 11 de outubro de 2009

Exposição 1000 Anos dos Judeus na Polôniaa


A exposição 1000 anos dos Judeus na Polônia, criada pelo Instituto Adam Mickiewicz, de Varsóvia, está sendo realizada na cidade de Getúlio Vargas desde o dia 30 de setembro. A iniciativa partiu do IHGGV, que em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, possibilitou sua realizãção. Formada por 60 painéis a mostra permite uma longa viagem no tempo tendo como foco a cultura ocidental judáica vivida na Polônia. No Brasil a exposiçõ está sendo coordenada pelo Consulado da Polônia de Curitiba e já foi realizada em Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Erechim e outras. A sugestão feita pelo presidente do IHGGV para a senhora Wanda Groch, Consul Honorária da Polônia para o Alto Uruguai e Missões, para a realização em Getúlio Vargas foi imediatamente aceita. Na abertura da exposição, que está sendo realizada no antigo Banco Meridional, a presença do prefeito Pedro Paulo Prezzotto, do presidente da Câmara, vereador Pastor Domingo, integrantes do executivo e legislativo, confrades do IHGGV e convidados. A exposição encerra na próxima sexta-feira (16).
Na fotografia, a solenidade de abertura da exposição.

sábado, 10 de outubro de 2009

Presença na X Feira do Livro


Parceira na realização da X Feira do Livro de Getúlio Vargas o IHGGV realizou na quinta e sexta-feira (8 e 9) uma exposição das fotografias do acervo. De igual modo dos dezesseis baners com texto e fotografias históricas que mostram os primórdios da Colônia Erechim. O Patrono da Feira do Livro, Pedro Antônio Tagliari esta participando de toda a programação do evento que encerra na tarde de sábado (10).

No registro a professora Rosmari Krasuski Vanzo apresentando o acervo aos visitantes.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

X Feira do Livro de Getúlio Vargas


Realizada pela Prefeitura de Getúlio Vargas e com apoio de diversas entidades a X Feira do Livro foi aberta oficialmente na noite de quarta-feira (7). O Patrono desta edição é Pedro Antônio Tagliari, membro do IHGGV. O evento está sendo realizado no Calçadão da Praça General Flores da Cunha. As publicações do Instituto Histórico e de seus associados estão sendo comercializados no espaço destinado a entidade.