Sócia correspondente do IHGGV e Mestre em História, Silvana dos Santos Moura autografa na noite de domingo (19) seu mais novo trabalho: História da Câmara Municipal de Vereadores de Carazinho. O evento que terá inicio às 19 horas e será realizado no Grêmio Aquâtico do município.
INTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GETULIO VARGAS
Fundado em 14 de junho de 1995
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
I Encontro dos Institutos Históricos e Geográficos do RS - IHGGV estará presente no evento que será realizado no dia 29 de novembro
I ENCONTRO DOS INSTITUTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS - RIO GRANDE DO SUL
DIA 29 DE NOVEMBRO DE 2010
Sede do IHGRGS - Rua Riachuelo, 1317 - Porto Alegre / RS
PROGRAMA
9h30min – ABERTURA: Dr. Miguel Frederico do Espírito Santo – Presidente do IHGRGS
10h – COMUNICAÇÕES DOS INSTITUTOS (1ª parte)
11h30min – ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO – ADESÃO
13h30min – COMUNICAÇÕES DOS INSTITUTOS (2ª parte)
15h – CONVÍVIO
15h20min – ASSEMBLÉIA :
– ESTABELECIMENTO DO FÓRUM DOS INSTITUTOS
– PROPOSTA DE RETOMADA DOS ENCONTROS DE MICRO-
HISTÓRIA
– DEFINIÇÃO DE AGENDA CONJUNTA DOS INSTITUTOS PARA
2010
17h30min – ENCERRAMENTO
COMUNICAÇÕES DOS INSTITUTOS
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE ALEGRETE: IHGA: PERSPECTIVA DE TRABALHO – Anderson Romário Pereira Corrêa
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE JAGUARÃO: AÇÕES DO INSTITUTO – Eduardo Álvares de Souza Soares
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE PELOTAS: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: ACERVO CASSIANO DO NASCIMENTO – Maria Roselaine da Cunha Santos
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO LUIZ GONZAGA: TRAJETÓRIA DO IHGSLG - SÃO LUIZ GONZAGA: PASSOS E MARCAS – Anna Olívia do Nascimento
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO, GEOGRÁFICO E GENEALÓGICO DE SANTO ÂNGELO – O IHGGSA E SEUS MÚLTIPLOS CAMINHOS – Léo Petersen Fett
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO VALE DO TAQUARI: IHGVT/2010: considerações sobre suas possibilidades e limites – Silvana Rossetti Faleiro e Daniela Maria Weber
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA: PUBLICAÇÃO DA TRANSCRIÇÃO DAS ATAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA – Teresinha de Jesus Bemfica Bier
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO: OS SIMPÓSIOS DE IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO ALEMÃ – Günter Weimer
· COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GETÚLIO VARGAS: PRINCIPAIS ATIVIDADES REALIZADAS NO INGGV – Neivo Angelo Fabris
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Edital de Convocação para Assembléia Geral Ordinária
Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas, de acordo com Artigo 3º do seu Estatuto, convoca os seus associados para a Assembléia Geral Ordinária, que será realizada no dia 08 de novembro de 2010, às 17 horas, na sua sede localizada no Centro Municipal da Cultura, localizado na Rua Jacob Gremmelmaier, 743, onde estarão em pauta os seguintes assuntos:
1- Apresentação da Prestação de contas;
2- Eleições da diretoria e conselho fiscal para o biênio 2011-2012
3- Outros assuntos de interesse da entidade.
Getúlio Vargas RS, 29 de outubro de 2010.
Prof. Neivo Angelo Fabris
Presidente
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas, de acordo com Artigo 3º do seu Estatuto, convoca os seus associados para a Assembléia Geral Ordinária, que será realizada no dia 08 de novembro de 2010, às 17 horas, na sua sede localizada no Centro Municipal da Cultura, localizado na Rua Jacob Gremmelmaier, 743, onde estarão em pauta os seguintes assuntos:
1- Apresentação da Prestação de contas;
2- Eleições da diretoria e conselho fiscal para o biênio 2011-2012
3- Outros assuntos de interesse da entidade.
Getúlio Vargas RS, 29 de outubro de 2010.
Prof. Neivo Angelo Fabris
Presidente
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
XI Feira do Livro
A abertura da IX Feira do Livro de Getúlio Vargas será realizada na noite de quinta-feira (23). Na oportunidade nossa confrade Lisolete Farias Stawinski realiza o II Sarau Cultural e Artístico. O evento será realizado no Salão de Atos do Centro Administrativo. O IHGGV é parceiro da Feira que terá parte da sua programação realizada no Centro Municipal da Cultura.
Imprensa - IHGGV em novas instalações a partir de segunda-feira (13)
O Centro Municipal de Cultura, que será inaugurado às 18 horas desta sexta-feira vai abrigar a Biblioteca Pública Dr. Léo Stumpf e o Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas. O novo espaço está localizado no antigo Fórum, esquina das ruas Jacob Gremmelmaier e Dr. João Carlos Machado.
O acervo do IHGGV, formado pela biblioteca, hemeroteca, mapoteca e Projeto Memória Oral está á disposição do público numa das três salas do piso superior. Uma segunda foi destinada para pesquisa e reunião dos associados. As mais de duzentas peças do Museu Histórico têm agora um espaço definitivo e segundo a direção da entidade, presidida pelo professor Neivo A T Fabris, exposições temáticas serão realizadas.
A ultima reunião do IHGGV realizada no Espaço Cultural e Educacional 18 de Dezembro foi realizada no dia 14 de junho, quando do 15º aniversário da entidade. No encontro, David Anderson Zanoni (foto) atendeu o convite para apresentar seu trabalho de conclusão do curso de História da Universidade de Passo Fundo. Dentre os locais de pesquisa para o trabalho “Maio de 1964: Legalidade x Repressão em Getúlio Vargas – Os Onze”, o acervo da entidade.
O acervo do IHGGV, formado pela biblioteca, hemeroteca, mapoteca e Projeto Memória Oral está á disposição do público numa das três salas do piso superior. Uma segunda foi destinada para pesquisa e reunião dos associados. As mais de duzentas peças do Museu Histórico têm agora um espaço definitivo e segundo a direção da entidade, presidida pelo professor Neivo A T Fabris, exposições temáticas serão realizadas.
A ultima reunião do IHGGV realizada no Espaço Cultural e Educacional 18 de Dezembro foi realizada no dia 14 de junho, quando do 15º aniversário da entidade. No encontro, David Anderson Zanoni (foto) atendeu o convite para apresentar seu trabalho de conclusão do curso de História da Universidade de Passo Fundo. Dentre os locais de pesquisa para o trabalho “Maio de 1964: Legalidade x Repressão em Getúlio Vargas – Os Onze”, o acervo da entidade.
Fonte: A Folha Regional - Edição de 10 de setembro de 2010.ç
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Paulo Dreier no encontro de maio
Os associados do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas (IHGGV) receberam no encontro deste mês o comerciante Paulo Luiz Dreier. O convidado relatou aspectos diversos acerca da sua trajetória de vida, com destaque a sua atuação pública desde o tempo em que Erebango integrava o município de Getúlio Vargas na condição de distrito.
O ex. vereador nas câmaras de Getúlio Vargas e Erebango deixou a vida pública e divide o tempo entre a loja administrada pela filha e esposa e o plantio de árvores num sítio próximo a cidade de Erebango. Desde o início do ano Paulo Dreier está organizando documentos, fotos, edições de jornais e revistas reunidos a pelo menos cinco décadas que vão servir como fonte para o livro que irá escrever.
Durante a conversa, interrompida por freqüentes perguntas, ele falou acerca da formação social e econômica de Erebango desde os primórdios. Destacou a importância da atividade madeireira, com ênfase a Jewish Colonization Association (ICA) e os reflexos provocados com o esgotamento dos pinheirais. De igual modo o papel da ferrovia, a trajetória da comunidade erebanguense e as conquistas anteriores e posteriores a emancipação ocorrida em abril de 1988.
De acordo com o presidente do IHGGV, o encontro foi gravado e as fitas serão transcritas e incorporadas ao acervo do Projeto Memória Oral Getuliense. O professor Neivo Angelo Fabris disponibilizou a biblioteca da entidade para Paulo Dreier. O resultado da pesquisa deverá se materializar num livro de memórias que será inicialmente postado num blog criado pelo autor especialmente para esta finalidade.
Fonte: Jornal A Folha Regional
segunda-feira, 3 de maio de 2010
"Estação" - A porta da Colônia Erechim completa cem anos
Neivo Angelo Fabris – Professor de História do Colégio Estadual Antônio Scussel e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas.
Na segunda metade do século XIX foram elaborados diversos planos de viação com o objetivo de estabelece comunicações entre o Rio de Janeiro e as províncias. A ligação do Rio Grande do Sul com a região sudeste só iria ocorrer no ano de 1910, mas o serviço já estava em atividade desde 1874 entre Porto Alegre e São Leopoldo.
A primeira medida adotada para a ligação férrea entre São Paulo e o Rio Grande do Sul ocorreu seis dias antes da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. O decreto 10.432 assinado pelo Imperador D. Pedro II concedia ao Engenheiro João Teixeira Soares, o “privilégio para construção, uso e gozo de uma estrada de ferro. Ela partiria das margens do rio Itararé, na divisa de São Paulo e Paraná, chegando até a cidade de Santa Maria da Boca do Monte”.
O Inventário das Estações 1874-1959, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado registra que Teixeira Soares teria negociado seus direitos com a Companies dês Chemins de Fer Sud-Quest Brésilien, empresa com sede na Bélgica. O regime monárquico deu lugar ao republicano, mas o projeto não foi abandonado;
No ano de 1894 os trilhos chegam a Cruz Alta, em 1897 a vila de Carazinho e no ano seguinte a Passo Fundo. O trecho até o rio Uruguai seria o último e o mais difícil. O traçado feito pelos agrimensores e engenheiros atravessa o chamado “Sertão do Alto Uruguai”, área que integra o território de Passo Fundo que desde 1857 havia sido elevado à categoria de município.
No primeiro dia de janeiro de 1910 a primeira leva de imigrantes com destino a Colônia Erechim desembarca na estação com o mesmo nome, no entanto, a inauguração oficial iria ocorrer no dia 3 de maio. Nesta data a imprensa da capital anunciava a conclusão do trecho Passo Fundo – Coxilha – Sertão – Erechim – Erebango – Capo-Erê. No vigésimo quinto dia de outubro do mesmo ano estava concluída a construção da estrada de ferro entre Santa Maria e Marcelino Ramos.
O projeto de colonização do governo do Estado iniciado em 1908 é incrementado com o início da operação da ferrovia. Além da Colônia Erechim, que tem sua sede instalada a pouco mais de cinco quilômetros da estação com o mesmo nome, as companhias colonizadoras Luce & Rosa e a Jewish Colonization Association (ICA) passam a operar na região. A fertilidade das terras e a crescente entrada de imigrantes que desembarcam nas nove estações entre Passo Fundo e o rio Uruguai colocam a região em evidência.
O relatório da Secretaria de Estado dos Negócios das Obras Públicas apresentado por Carlos Barbosa Gonçalves sobre a Colônia Erechim no ano de 1912 é revelador: “É a colônia mais nova no Estado, e a que mais rapidamente se tem desenvolvido, graças especialmente a estrada de ferro que a atravessa”. O mesmo documento aponta que “no 2º semestre de 1911, esta Colônia recebeu 1.788 imigrantes, formando 354 famílias e 88 solteiros”. Nos primeiros seis meses do ano de 1912 os servidores da Comissão de Terras haviam recebido 2.057 imigrantes. No período a média de chegada de indivíduos foi de 342/mês.
Ainda sobre o relatório de 1912 o registro: da demarcação de 105.621 hectares dos quais 86.824 já ocupados. E ainda, uma população de 14.400 habitantes: “de várias nacionalidades, o elemento nacional representando ainda mais da metade, e entre o elemento estrangeiro predominando os polacos e russos”. Outro fato curioso diz respeito à construção das casas: “Na área colonizada existem hoje aproximadamente 2.400 casas, e a não ser algumas das estações da Estrada de Ferro, feitas de tijolos, todas as demais são de madeira”.
Passados mais de dois anos desde a chegada dos primeiros imigrantes a única estrada de rodagem concluída ligava a estação Erechim a sede do mesmo nome, uma extensão de 4.560 metros. No ano de 1912 o Cartório Civil havia registrado 258 nascimentos, 189 óbitos e 85 casamentos. Ao longo da década de 1910 o crescimento da população e da economia permitiu o desmembramento da região do município sede. No dia 30 de abril de 1918 Antônio Augusto Borges de Medeiros assinava o decreto que criava o município de Erechim. Sua sede foi instalada na vila de Paiol Grande batizada então com o nome de Boa Vista do Erechim.
A atividade madeireira nas décadas seguintes é intensa e aos milhares as tábuas e caibros de pinheiro são depositados nas proximidades das estações. Além da atividade extrativista a produção de banha se torna uma importante atividade. No ano de 1935, quando da instalação do município de Getúlio Vargas, a estação Erechim tem seu nome modificado. No dia 31 de março é fundada a Cooperativa de Produção de Banha Santana Ltda.
No início da segunda metade do século XX a triticultura é estimulada pelo governo. A produção do cereal cresce a cada safra e no ano de 1957 surge a Cotrigo. O associativismo também seria a opção dos produtores de uva através da Vinícola Serrana e de crédito, origem da Sicredi. Conhecido como “bairro industrial”, Estação Getúlio se consolida economicamente, com destaque para as atividades metal mecânico, moveleira, vestuário. De igual modo no comércio e serviços.
A inauguração da RS-135 é outro marco para a região. Uma campanha bem sucedida garante a emancipação no mês de abril de 1988 do bairro Estação e de outros dois distritos de Getúlio Vargas. Passados vinte e dois anos os indicadores sócio e econômico revelam que os esforços da comissão emancipacionista e o “sim” do plebiscito valeram à pena.
A Rede Ferroviária Federal S/A pouco fez para manter o serviço que havia sido determinante para o desenvolvimento local. Acumulando prejuízos a cada exercício, o Ministério dos Transportes entrega em março de 1997 as malha ferroviária a iniciativa privada. A América Latina Logística (ALL) recebe a concessão por trinta anos para explorar os serviços no RS, SC e PR.
No mesmo ano a ALL desativa o trecho Passo Fundo a Marcelino Ramos. Os esforços das autoridades e empresários locais e dos municípios servidos pela rede não conseguem reverter à decisão. As negociações dos governos do MS, PR, SC e RS em torno da criação da Ferrovia da Integração do Sul do Brasil S/A colocaram a região na rota deste novo empreendimento. Investidores diversos já manifestaram o interesse no novo empreendimento que deverá ser de capital misto;
A primeira medida adotada para a ligação férrea entre São Paulo e o Rio Grande do Sul ocorreu seis dias antes da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. O decreto 10.432 assinado pelo Imperador D. Pedro II concedia ao Engenheiro João Teixeira Soares, o “privilégio para construção, uso e gozo de uma estrada de ferro. Ela partiria das margens do rio Itararé, na divisa de São Paulo e Paraná, chegando até a cidade de Santa Maria da Boca do Monte”.
O Inventário das Estações 1874-1959, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado registra que Teixeira Soares teria negociado seus direitos com a Companies dês Chemins de Fer Sud-Quest Brésilien, empresa com sede na Bélgica. O regime monárquico deu lugar ao republicano, mas o projeto não foi abandonado;
No ano de 1894 os trilhos chegam a Cruz Alta, em 1897 a vila de Carazinho e no ano seguinte a Passo Fundo. O trecho até o rio Uruguai seria o último e o mais difícil. O traçado feito pelos agrimensores e engenheiros atravessa o chamado “Sertão do Alto Uruguai”, área que integra o território de Passo Fundo que desde 1857 havia sido elevado à categoria de município.
No primeiro dia de janeiro de 1910 a primeira leva de imigrantes com destino a Colônia Erechim desembarca na estação com o mesmo nome, no entanto, a inauguração oficial iria ocorrer no dia 3 de maio. Nesta data a imprensa da capital anunciava a conclusão do trecho Passo Fundo – Coxilha – Sertão – Erechim – Erebango – Capo-Erê. No vigésimo quinto dia de outubro do mesmo ano estava concluída a construção da estrada de ferro entre Santa Maria e Marcelino Ramos.
O projeto de colonização do governo do Estado iniciado em 1908 é incrementado com o início da operação da ferrovia. Além da Colônia Erechim, que tem sua sede instalada a pouco mais de cinco quilômetros da estação com o mesmo nome, as companhias colonizadoras Luce & Rosa e a Jewish Colonization Association (ICA) passam a operar na região. A fertilidade das terras e a crescente entrada de imigrantes que desembarcam nas nove estações entre Passo Fundo e o rio Uruguai colocam a região em evidência.
O relatório da Secretaria de Estado dos Negócios das Obras Públicas apresentado por Carlos Barbosa Gonçalves sobre a Colônia Erechim no ano de 1912 é revelador: “É a colônia mais nova no Estado, e a que mais rapidamente se tem desenvolvido, graças especialmente a estrada de ferro que a atravessa”. O mesmo documento aponta que “no 2º semestre de 1911, esta Colônia recebeu 1.788 imigrantes, formando 354 famílias e 88 solteiros”. Nos primeiros seis meses do ano de 1912 os servidores da Comissão de Terras haviam recebido 2.057 imigrantes. No período a média de chegada de indivíduos foi de 342/mês.
Ainda sobre o relatório de 1912 o registro: da demarcação de 105.621 hectares dos quais 86.824 já ocupados. E ainda, uma população de 14.400 habitantes: “de várias nacionalidades, o elemento nacional representando ainda mais da metade, e entre o elemento estrangeiro predominando os polacos e russos”. Outro fato curioso diz respeito à construção das casas: “Na área colonizada existem hoje aproximadamente 2.400 casas, e a não ser algumas das estações da Estrada de Ferro, feitas de tijolos, todas as demais são de madeira”.
Passados mais de dois anos desde a chegada dos primeiros imigrantes a única estrada de rodagem concluída ligava a estação Erechim a sede do mesmo nome, uma extensão de 4.560 metros. No ano de 1912 o Cartório Civil havia registrado 258 nascimentos, 189 óbitos e 85 casamentos. Ao longo da década de 1910 o crescimento da população e da economia permitiu o desmembramento da região do município sede. No dia 30 de abril de 1918 Antônio Augusto Borges de Medeiros assinava o decreto que criava o município de Erechim. Sua sede foi instalada na vila de Paiol Grande batizada então com o nome de Boa Vista do Erechim.
A atividade madeireira nas décadas seguintes é intensa e aos milhares as tábuas e caibros de pinheiro são depositados nas proximidades das estações. Além da atividade extrativista a produção de banha se torna uma importante atividade. No ano de 1935, quando da instalação do município de Getúlio Vargas, a estação Erechim tem seu nome modificado. No dia 31 de março é fundada a Cooperativa de Produção de Banha Santana Ltda.
No início da segunda metade do século XX a triticultura é estimulada pelo governo. A produção do cereal cresce a cada safra e no ano de 1957 surge a Cotrigo. O associativismo também seria a opção dos produtores de uva através da Vinícola Serrana e de crédito, origem da Sicredi. Conhecido como “bairro industrial”, Estação Getúlio se consolida economicamente, com destaque para as atividades metal mecânico, moveleira, vestuário. De igual modo no comércio e serviços.
A inauguração da RS-135 é outro marco para a região. Uma campanha bem sucedida garante a emancipação no mês de abril de 1988 do bairro Estação e de outros dois distritos de Getúlio Vargas. Passados vinte e dois anos os indicadores sócio e econômico revelam que os esforços da comissão emancipacionista e o “sim” do plebiscito valeram à pena.
A Rede Ferroviária Federal S/A pouco fez para manter o serviço que havia sido determinante para o desenvolvimento local. Acumulando prejuízos a cada exercício, o Ministério dos Transportes entrega em março de 1997 as malha ferroviária a iniciativa privada. A América Latina Logística (ALL) recebe a concessão por trinta anos para explorar os serviços no RS, SC e PR.
No mesmo ano a ALL desativa o trecho Passo Fundo a Marcelino Ramos. Os esforços das autoridades e empresários locais e dos municípios servidos pela rede não conseguem reverter à decisão. As negociações dos governos do MS, PR, SC e RS em torno da criação da Ferrovia da Integração do Sul do Brasil S/A colocaram a região na rota deste novo empreendimento. Investidores diversos já manifestaram o interesse no novo empreendimento que deverá ser de capital misto;
Artigo publicado no jornal A Folha Regional, edição de 30 de abril de 2010 (páginas 4 e 5 suplemento especial Estação 22 Anos - centenário da ferrovia).
sexta-feira, 12 de março de 2010
Abertos os trabalhos do ano acadêmico 2010
O primeiro encontro dos associados do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas aconteceu no dia oito de março. O presidente da entidade cultural, professor Neivo Angelo Fabris, apresentou o relatório das atividades realizadas no ano passado, destacando a continuidade do Projeto Memória Oral Getuliense e a participação na X Feira do Livro.
Em 2009 o IHGGV teve aprovado dois projetos pelo Conselho Municipal da Cultura garantindo deste modo a encadernação da hemeroteca, coleção de jornais e periódicos editados no município. De igual modo a transferência das entrevistas feitas em fitas cassete para CD, o que deve facilitar a pesquisa e a preservação do acervo. A secretaria recebeu no exercício passado 52 correspondências e expediu 114. Foram emprestadas 46 obras da biblioteca que recebeu no mesmo período 85 livros e 93 revistas.
O cronograma de atividades até dezembro será finalizado nos próximos dias. Está prevista a realização de uma sessão do IHGGV na cidade de Estação para marcar o centenário da chegada da ferrovia. Também a continuidade dos projetos e a participação na Feira do Livro 2010, realização de palestras e outros. De acordo com a diretoria da entidade, a mudança para o prédio do antigo Fórum vai permitir entre outros a reabertura do Museu Histórico.
Atendendo convite do IHGGV o senhor Ervino Albino Figura participou do encontro. O filho de pioneiros que se estabeleceram na Colônia Erechim no ano de 1910 lançou recentemente o livro "Erebango Meu Berço". Dono de uma memória invejável, o pesquisador vai completar 87 anos no dia 20 de setembro. Atencioso, descreveu aspectos diversos da história local e autorizou a gravação da conversa que será transcrita para consultas. Um exemplar do seu livro foi doado à biblioteca do IHGGV.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Hemeroteca: jornais que integram o acervo.
# Jornal Chico Tasso: do número 01 ao 17 (coleção completa) - 1949 e 1950.
# Repórter da Serra: edições de 05/05/1951 e 06/10/1951.
# O imparcial Getuliense: 01 exemplar: dezembro de 1961.
# O Circulista: edições de 1º de maio e 08 de maio de 1963.
# O Getuliense: 01 exemplar: dezembro de 1968
# Município em Foco: edições de 25 de julho a 31 de outubro de 1974.
# O Panorama: Coleção completa (1979).
# A Voz da Serra Getúlio Vargas:do número 01 ao 366 - 1992 a 1999 (coleção completa).
# Diário da Manhã Getúlio Vargas: 1994 e 1995.
# O Povo - Coleção completa (2008).
# A Folha Regional:do número 001 (12/11/1999) ao número 537 (2010).
# Tribuna Getúliense: de 1999 ao ano de 2009.
# Repórter da Serra: edições de 05/05/1951 e 06/10/1951.
# O imparcial Getuliense: 01 exemplar: dezembro de 1961.
# O Circulista: edições de 1º de maio e 08 de maio de 1963.
# O Getuliense: 01 exemplar: dezembro de 1968
# Município em Foco: edições de 25 de julho a 31 de outubro de 1974.
# O Panorama: Coleção completa (1979).
# A Voz da Serra Getúlio Vargas:do número 01 ao 366 - 1992 a 1999 (coleção completa).
# Diário da Manhã Getúlio Vargas: 1994 e 1995.
# O Povo - Coleção completa (2008).
# A Folha Regional:do número 001 (12/11/1999) ao número 537 (2010).
# Tribuna Getúliense: de 1999 ao ano de 2009.
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