INTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GETULIO VARGAS

Fundado em 14 de junho de 1995

sábado, 10 de dezembro de 2011

História local e regional marca encontro em Getúlio Vargas

Na solenidade de abertura o presidente do IHGGV, Neivo A T Fabris, Miriam Pereira, presidente da Associação Amigos da Biblioteca, professora Eliane Granella, titular da SMECD, o vice-prefeito Natalício José Botolli e Dinarte Farias, presidente da Câmara de Vereadores.
Vice-prefeito Natalício Botolli destacou o trabalho realizado pelo IHGGV reafirmando o compromisso da administração com a inauguração do Museu Histórico no próximo ano.
Conferencista Silvana Santos de Moura, que abordou sobre o tema cerntral do seminário.
O professor David Anderson Zanoni falou sobre “Maio de 1964: repressão e legalidade em Getúlio Vargas, fruto de seu trabalho de conclusão do curso de História na UPF.
A Comunidade Anarquista de Erebango foi o tema da comunicação do professor Neivo A T Fabris.

A geógrafa Ana Julian Faccio falou sobre a Ferrovia como eixo norteador para o surgimento do Alto Uruguai.
A historiadora Thaís Janaina Wenczenovicz apresentou o resultado de conclusão do pós-doutorado realizado na UFRGS e na Polônia
Um dos acontecimentos que marcaram o início da década de 1960 em Getúlio Vargas foi tema da comunicação feita por Heitor J. Fillippon: Nino – bandido ou só uma figura do imaginário getuliense.
A apresentação da obra Memórias Esportivas, de autoria do professor Édino Carlos Farias marcou o encerramento do seminário.

O III Seminário de História Regional reuniu na noite de sexta-feira (21/10/2011) e manhã de sábado (22/10) associados, pesquisadores, professores e convidados. O evento promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas e foi realizado na Câmara de Vereadores.

Na solenidade de abertura a presença do prefeito em exercício Natalício Botolli (PP), o presidente da Câmara, vereador Dinarte Tagliari Farias (PP), a titular da SMECD, professora Eliane Granella e de Miriam Pereira, que preside a Associação dos Amigos da Biblioteca. O evento integrou a programação da XII Feira do Livro.

Para a conferência da noite foi convidada a historiadora Silvana Santos de Moura. Atendendo o tema proposto pela entidade organizadora, a sócia correspondente do IHGGV falou sobre a Campanha da Legalidade, considerado o movimento político mais importante da história nacional na segunda metade do século XX. Na oportunidade ela apresentou a obra Um Olhar Sobre a Legalidade, de autoria de Ney Eduardo Possapp d’ Avila que será lançado na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre.

A manhã de sábado foi reservada para a comunicação de trabalhos e pesquisas sobre a história local e regional. A primeira comunicação foi apresentada por David Anderson Zanoni e teve como título “Maio de 1964: repressão e legalidade em Getúlio Vargas. A Comunidade Anarquista de Erebango foi o tema abordado pelo professor Neivo A T Fabris. A geógrafa Ana Julian Faccio falou sobre a Ferrovia como eixo norteador para o surgimento do Alto Uruguai.

A historiadora Thaís Janaina Wenczenovicz apresentou o resultado de conclusão do pós-doutorado realizado na UFRGS e na Polônia. O trabalho final resultou na edição do livro “Edmundo Gardolinski: um Engenheiro Memorialista, publicado em português e polonês. Um dos acontecimentos que marcaram o início da década de 1960 em Getúlio Vargas foi tema da comunicação feita por Heitor J. Fillippon: Nino – bandido ou só uma figura do imaginário getuliense.

O encerramento foi marcado pela apresentação da obra Memórias Esportivas, de autoria do professor Édino Carlos Farias. Ela falou acerca do trabalho de pesquisa que resultou na edição do livro editado com o selo do IHGGV. Ao traçar o panorama dos últimos quarenta anos do esporte no município, Édino Farias lamentou a falta de incentivo a diversas modalidades, em especial o atletismo, sem, no entanto demonstrar a falta de otimismo em relação ao futuro.

Fonte: Jornal A Folha Regional

terça-feira, 11 de outubro de 2011

IHGGV promove o III Seminário de História Regional nos dias 21 e 22 de outubro

III Seminário de História Regional


CAMPANHA

DA

LEGALIDADE:

50 ANOS

Dias

21 e 22 de

Outubro de 2011

Local: Câmara Municipal de Vereadores.

Getúlio Vargas/RS

Apresentação

Nos 21 e 22 de outubro, os últimos dois dias da Feira do Livro de Getúlio Vargas, o IHGGV realiza o III Seminário de História Regional.

Na noite de sexta-feira (21), após a abertura, o evento contará com a participação de Silvana Moura. A Campanha da Legalidade será o tema de sua conferência, seguida da apresentação da obra “Um olhar sobre a Legalidade”, escrita pelo historiador Ney Eduardo Possapp d’ Avila.

Na manhã de sábado (22), o resultado de estudos e pesquisas sobre a História Regional será apresentada através de comunicações.

A inscrição é gratuita e deverá ser feita antecipadamente através do endereço eletrônico ihggv@bol.com.br

Certificados serão fornecidos mediante solicitação antecipado ao valor de R$10,00

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira (21)

19 h 30 min. – Solenidade de abertura

Pronunciamento das autoridades

19 h 50 min.

50 Anos da Campanha da Legalidade

Conferencista Silvana Santos de Moura, Mestre em História

Debatedor Neivo Angelo Fabris, Especialista em História do RS.

21 h 15 min.

Pausa para o café

21 h 30 min.

Debate e apresentação do livro “Um Olhar sobre a Legalidade – 1961 – 25 de agosto – 7 de setembro – 13 dias que abalaram o Brasil, de Ney Eduardo Possapp d’ Avila.

22 h 30 min.

Encerramento dos trabalhos.

Sábado (22)

08 h 15 min. – Abertura dos trabalhos

Comunicações:

08h 30 min. – Maio de 1964: repressão e legalidade em Getúlio Vargas – David Anderson Zanoni.

09 h – A Comunidade Anarquista de Erebango – Neivo Angelo Fabris

09 h 30 min. – A Ferrovia como eixo norteador para o surgimento da região do Alto Uruguai – Ana Julian Faccio

10 h. – Edmundo Gardolinski: um Engenheiro memorialista Thaís Janaína Wenczenovicz

10 h 30 min. – Pausa para o Café

10 h 45 min. – Memórias Esportivas –

Professor Édino Carlos Farias

11 h 15 min. – Apresentação do

livro “Memórias Esportivas – Lembranças

e Curiosidades, de autoria do Professor

Édino Carlos Farias. A obra foi editada

com o selo do IHGGV e FMC,

11 h 45 min. – Encerramento

12 h – Almoço por adesão.



III Seminário de História Regional

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

II Encontro Estadual dos IHGs foi realizado em Lageado

Participantes do encontro promovido pelo IHG do Vale do Taquari na Univates
Presidente do IHGRS Dr. Miguel Frederico do Espírito Santo

O IHGGV esteve representado pelo seu presidente Prof. Neivo Angelo Fabris



O IHGGV esteve representado no II Encontro Estadual dos Institutos Históricos e Geográficos do RS pelo seu presidente. O evento foi realizado no dia 08 de junho na cidade de Lageado.
Delegações de Institutos de diversos municípios bem como do IHGRS se reuniram no auditório do Prédio II da Univates.
Os trabalhos foram abertos pelo Presidente do IHGRS, Dr. Miguel Frederico do Espírito Santo.
Além de aproximar os integrantes das entidades o encontro serviu para debater acerca do papel dos IHGs nas comunidades. De igual modo a divulgação das ações empreendidas por cada uma delas. O III encontro será realizado na cidade de Pelotas no próximo ano em data a ser definida. O anfitrião será o IHG de Pelotas.





terça-feira, 7 de junho de 2011

II Encontro dos Institutos Históricos e Geográficos do RS será realizado em Lajeado

Com o tema “Instituto Histórico e Geográfico – abrigando diferentes saberes”, a Univates (foto) programa o II Encontro Estadual dos Institutos Históricos e Geográficos (IHGs) do Rio Grande do Sul. O professor Neivo Angelo Fabris, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas vai representar a entidade no encontro.
O evento será realizado nesta quarta-feira (8), no auditório do Prédio II da instituição de ensino superior de Lageado A primeira atividade inicia às 14 horas e se estende até as 18 horas, com as "Comunicações dos Institutos Históricos inscritos". A noite, a partir das 19 horas, será realizada a conferência "Instituto Histórico e Geográfico: abrigando diferentes saberes", com o Dr. Martin Norberto Dreher.
O objetivo do Encontro é propiciar debates acerca das questões que envolvem o papel dos IHGs nas suas comunidades; refletir sobre as possibilidades e limitações das entidades e promover a interação entre os integrantes dos IHGs do RS.

Cronograma das Comunicações

14h: Comunicação IHG de Pelotas

Tema: Instituto Histórico e Geográfico e os 200 anos de Pelotas

Apresentação: Presidente Maria Roselaine Cunha dos Santos

14h30min: Comunicação IHGRGS

Tema: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul: novos caminhos

Apresentação: Presidente Miguel Frederico do Espírito Santo

15h: Comunicação IHGVT

Tema: Patrimônio Cultural, IHGVT e as Pesquisas Históricas no Vale do Taquari

Apresentação: Diretora de patrimônio, Dra. Neli Galarce Machado

15h30min: Comunicação IHG Santo Antônio da Patrulha

Tema: Baile de Masquê nas Cavalhadas em Santo Antônio da Patrulha

Apresentação: Presidente Luciano Gomes Peixoto

16h: Intervalo

16h15min: Comunicação IHG Santo Antônio da Patrulha

Tema: Capela Curada

Apresentação: Vice-Presidente Renato José Lopes.

16h45min: Comunicação IHG Getúlio Vargas

Tema: Comunidade anarquista do Campo Erechim

Apresentação: Presidente Neivo Angelo Fabris

17h15min: Apresentação do livro Memórias Vivas de Leo Petersen Fett

Miguel Frederico do Espírito Santo – Presidente do IHGRGS

17h45min: Intervalo

19h: Retomada das atividades.

Definição do local do próximo encontro.

19h20min: Conferência: Instituto Histórico e Geográfico – abrigando diferentes saberes

Dr. Martin Norberto Dreher – Instituto Histórico e Geográfico de São Leopoldo

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Revolução Federalista e o Sertão do Alto Uruguai

Foto: Batalhão de lanceiros de Prestes Guimarães, na Revolução Federalista de 1893



Prof. Neivo Angelo Fabris *

Ao escrever sobre o povoamento do território pela raça branca, fatores pró e contra, evolução até 1856, ano que antecede a criação do município de Passo Fundo, Francisco Antonino Xavier de Oliveira talvez tenha sido o primeiro historiador a apontar o Sertão do Alto Uruguai como local de refugio. O registro em questão se refere ao Cacique Manoel Grande e seu grupo, após o assassinato de Clementino dos Santos Pacheco, proprietário da Fazenda Quatro Irmãos e alguns de seus funcionários. O mesmo historiador descreve que no período de 1890 a 1895, não há registro de qualquer entrada de imigrante no município, atribuindo tal fator a Revolução Federalista. O conflito que coloca os riograndenses em lados opostos entre os anos de 1893 e 1895 vai ter reflexos diversos no vasto “Sertão Uruguai”.

Realçando a importância da ferrovia que atravessa a região, ligando a sede do município a Estação Alto Uruguai, hoje Marcelino Ramos, Juarez Miguel Illa Font, na página 92 da obra “Serra do Erechim – Tempos Heróicos”, lembra que o topônimo original do local fora “Barra”, “assim batizado pelos primeiros moradores, a maioria refugiados da Revolução de 93”. O autor não cita a fonte, e dá a entender que a guerra civil faz da região um local de abrigo para aqueles que se sentem ameaçados pelo conflito.

Em que pese estar afastado da disputa política e militar, entrechoques irão ocorrer nesta parte do município de Passo Fundo durante o período revolucionário. O episódio é registrado por Illa Font do seguinte modo: “Da serra do Capo-Erê, próximo ao Arroio Teixeira, comandando 190 homens Veríssimo Ignácio da Veiga freqüentemente ameaçava a cidade de Passo Fundo. Por isso a força legal incurcionava pela serra a fim de batê-lo”. E prossegue: “Certa vez deu-se memorável combate conhecido pelos nomes de Guamirim ou arroio Teixeira, no qual os homens de Veríssimo, à falta de armas, usaram espadas feitas com a madeira de guamirim”.

Outra referência do autor de Serra do Erechim – Tempos Heróicos – sobre o tema se refere às lembranças de Raul Kurtz Barbosa, filho de João Barbosa de Albuquerque e Silva, lindeiro de Paulo Bento de Sousa, uma das mais antigas da região, na página 83: “No dia 16 de junho de 1893 os republicanos fizeram uma surtida contra os federalistas acampados no Tabuão, entre os quais foram mortos Jorge Pessoa, um seu filho e Vitorio Fanha. Os chefes legalistas eram o tenente-coronel Manoel Bento de Souza, major José Claro de Oliveira e capitão Alipio Ferreira Leão, que seria morto em combate no Rio Pelotas a 31 de março de 1894 quando a força do coronel Manoel do Nascimento Vargas perseguia a tropa de Gumercindo e Aparicio Saraiva”.

A guerra civil atinge diretamente o destino de Isac Barbosa, apontado como o primeiro branco a se estabelecer em Capo-Erê, no ano de 1868. João Germano Imlau, no Álbum do Município de Erechim, editado no ano de 1936 pela Livraria Modelo, registra que Barbosa era natural de São Paulo. E ainda: “teve, porém grandes prejuízos com a Revolução de 1893, morrendo paupérrimo em 1917”. Imlau afirma que Barbosa se refugiou na Argentina, retornando somente com o término da revolução.

Relatório destinado a Carlos Torres Gonçalves, datado de julho de 1907 e assinado por Lindolpho Siha, descreve périplo realizado pelo signatário na região, onde dois anos depois teria inicio a Colônia Erechim. A dificuldade já aparece no inicio da empreitada, quando o grupo conduzido por Lindolpho não encontra a “barra do arroio Facão”, sem que ninguém soubesse informar a respeito do mesmo. Surpresa maior teria o chefe da comissão ao constatar o grande número de habitantes espalhado na região. Ao alertar para a ocupação desordenada, registra que recebeu de Diogo da Silva Rocha, documentos que provam o direito a propriedade, e opina, no entanto, que o mesmo não lhe dão direito algum a essas terras.

No mesmo documento descreve a precariedade dos caboclos que habitam a região: “Visitei, vi oitenta e tantas posses que estão no percurso do reconhecimento. Nenhuma delas deixa de mostrar o espetáculo triste da devastação. Por toda a parte há provas do modo criminoso como se emprega o machado. Pode-se mesmo dizer que nestas passagens é esse um instrumento agrícola obrigado, não sendo o único, sendo o fogo seu complemento.”. Ao declara que não é possível continuar tal situação, é contundente: “é absolutamente preciso, e quanto antes limitar a propriedade dos posseiros, sem isso estarão sempre em conflito pela invasão de terras que supõe serem suas”.

A necessidade de ocupar o território situado ao note do município de Passo Fundo, havia levado o presidente do Estado, Carlos Barbosa Gonçalves, a criar a Colônia Erechim, em seis de outubro de 1908, atendendo solicitação do Engenheiro Carlos Torres Gonçalves, Diretor de Terras e Colonização. Sua instalação vai se dar a partir de outubro do ano seguinte, no quilometro 4,5 a leste do km 56 da ferrovia, onde está hoje à cidade de Getúlio Vargas, após o trabalho de derrubada da floresta, numa área de 500 hectares, cortada pelo Rio dos Índios. A Colônia Erechim, como passa a ser denominada, esta sob a jurisdição ao município de Passo Fundo, conforme Ato n.º 167 de 1910, designado 8º Distrito, e tendo como subintendente o guarda florestal Dinarte Soares de Oliveira.

Novamente, os caboclos, que coabitavam com os índios Coroados, precisam se retirar da região. Desta feita a causa não será a revolução, mas o projeto oficial do governo do Estado. A dificuldade das forças republicanas no controle da região no período em que ocorre a Revolução Federalista, e mesmo de localizar fugitivos da Justiça que escolhem o Sertão como abrigo, talvez tenha sido outra causa da empreitada. Do mesmo modo, a possibilidade de um novo confronto entre governo e oposição, o que de fato irá acontecer no ano de 1923, entre borgistas e assisistas. Os caboclos que irão se arranchar no outro lado do rio Uruguai, no Estado de Santa Catarina vão ter logo adiante outro revés: a Guerra do Contestado, que vai manchar de sangue o oeste catarinense entre os anos de 1912 e 1916.

Bibliografia:

- ÁLBUM DO MUNICÍPIO DE ERECHIM: Prof. João Frainer (organizador), Livraria e Tipografia Modelo, Erechim 1936.

- Illa Font, Juarez Miguel. Serra do Erechim: Tempos Heróicos, Erechim: Empresa Gráfica Carraro Ltda., 1983.

- Oliveira, Francisco Antonino Xavier, Annaes do Município de Passo Fundo. Coord. Por Marilia Mattos (e outros). Passo Fundo, Gráfica e Ed. Universidade de Passo Fundo, 1990.

* Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas, professor de História do Colégio Estadual Antônio Scussel, e editor do jornal A Folha Regional.

Comunicação realizada no Seminário 110 Anos da Batalha de Passo Fundo, em 26 de junho de 2004.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Memória - Há 40 anos a Rua Erechim passava a ser chamada de Ir. Gabriel Leão

O logradouro público que homenageia o religioso responsável pela criação e instalação do curso Técnico em Contabilidade do Colégio Cristo Rei se chamou até o início da década de setenta do século passado de Rua Erechim. Do cruzamento da Rua Alexandre Bramatti no sentido a atual Delegacia de Polícia a mesma via era designada até então como Rua das Palmeiras, numa alusão as árvores que a ornamentavam. A mudança realizada durante a administração do prefeito Inácio Dall'Agnol e do vice-prefeito Bruno Valdo Klein, incluiu também outras Ruas da sede do município emancipado em 18 de dezembro de 1934. Na sua grande maioria tinham o nome de cidades como Passo Fundo, Santa Maria, Pelotas, Sarandi..., e muitas vezes criavam problemas com a correspondência já que o Código de Endereçamento Postal (CEP) só foi adotado na mesma época. Nascido no dia 22 de outubro de 1880 na França, foi batizado como Edmond René Aimé Huyghebaert tendo entrado no Juvenato dos Irmãos Maristas de Beaucamps a um mês de completar 12 anos de idade. No dia 25 de setembro de 1895 recebeu o hábito Marista e o nome de Irmão Gabriel Leão. Começou a lecionar no ano de 1904, mesmo ano em que concluiu seu curso superior em Paris. De acordo com os dados bibliográficos publicados na capa do jornal O Município de Getúlio Vargas, edição nº 11, de 25 de junho de 1955, a perseguição havida nos anos iniciais do século XX a religiosos na França, o obrigou junto com outros Irmãos a deixar a Europa. No Natal de 1904 chegou a capital do Rio Grande do Sul, tendo lecionado nos colégios Santa Maria, Anchieta, Uruguaiana e Garibaldi. Após ter retornado a Europa, onde permaneceu por um ano, recebeu a tarefa de retornar ao Brasil para fundar o Ginásio Roque Gonzáles, em Cachoeira do Sul. Ainda segundo a fonte citada, cumpriu também com êxito a tarefa de organizar a Escola Técnica de Comércio Cristo Rei em Getúlio Vargas. A congregação já atuava no município desde o ano de 1938 e mantinha em funcionamento até então o chamado curso primário quando da sua chegada em março de 1943 na Estação Ferroviária. Professor de matemática e escrituração mercantil o religiosa havia aperfeiçoado o português desde sai chegada ao Brasil. Além da língua natal falava outros quatro idiomas fluentemente. Autor de inúmeros cantos religiosos e profanos era dotado de uma cultura extraordinária e ao longo dos treze anos em que trabalhou e residiu em Getúlio Vargas formou um extenso círculo de amizades. Um derrame cerebral lhe tirou a vida às 12h15min horas do dia 21 de junho de 1955. O velório do Irmão Gabriel Leão foi realizado por exigência dos seus alunos na sala de aula. Em matéria de capa da edição citada a estimativa que mais de duas mil pessoas participaram das cerimônias fúnebres. A Missa de Corpo Presente foi celebrada pelo Bispo Dom Cláudio Colling e espontaneamente o comércio cerrou as portas no dia 22, quando do seu sepultamento realizado no Cemitério do Juvenato Imaculada Conceição. No ano passado os Irmãos Maristas comemoraram o 110º aniversário de presença em solo gaúcho. O primeiro educandário da congregação criada por Marcelino José Bento Champagnat no RS foi instalada no ano de 1910 pelos Irmãos Weibert, Marie Berthaire e Jean Dominici, na cidade de Bom Princípio. A Rede Marista, que atualmente possui 21 escolas distribuídas no RS, encerrou suas atividades em Getúlio Vargas na década de noventa do século passado. Ao longo de meio século de atividades, foi responsável pela formação de diferentes gerações e além do logradouro, Neivo Angelo Fabris - Professor do CEAS, editor do jornal A Folha Regional e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas

segunda-feira, 14 de março de 2011

Getúlio Vargas presente no I Encontro dos Institutos Históricos e Geográficos do RGS

Presidente do IHGGV falou sobre as principais realizações da entidade.
O historiador Moacir Flores e integrantes dos institutos de Santo Antônio da Patrulha, Vale do Taquari e de Getúlio Vargas.
Participantes do I Encontro dos Institutos Históricos e Geográficos do RS

Numa iniciativa inédita o Instituto Histórico e Geógráfico do RS realizou no dia 29 de novembro de 2010 em Porto Alegre, um encontro com dirigentes dos IHG do interior do Estado. O grupo foi recebido no auditório da entidade promotora por Miguel Frederico do Espírito Santo e Vera Lúcia Barroso, presidente e vice-presidente respectivamente.
O presidente do IHGGV participou do encontro e apresentou um relato das atividades realizadas pela entidade que neste ano comleta 16 anos. Além do professor Neivo Angelo Fabris, o sócio correspondente Heitor Filipon, que reside na capital gaúcha, também esteve presente.
No programa que se estendeu pela manhã e tarde, representantes dos Institutos convidados fizeram comunicações acerca das atividades e realizações. Em regime de assembléia, foi aprovada a proposta de retomada dos Encontros de Micro História, definida uma agenda conjunta para o exercício 2011 bem como o estabelecimento do Fórum dos Institutos. Um grupo de trabalho foi indicado para coordenar o Encontro de Micro História que será realizado no mês de maio deste ano na cidade de Lajeado.Foto: Participantes do I Encontro dos Institutos Históricos e Geográficos do RS.