INTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GETULIO VARGAS
Fundado em 14 de junho de 1995
quinta-feira, 31 de março de 2011
Memória - Há 40 anos a Rua Erechim passava a ser chamada de Ir. Gabriel Leão
O logradouro público que homenageia o religioso responsável pela criação e instalação do curso Técnico em Contabilidade do Colégio Cristo Rei se chamou até o início da década de setenta do século passado de Rua Erechim. Do cruzamento da Rua Alexandre Bramatti no sentido a atual Delegacia de Polícia a mesma via era designada até então como Rua das Palmeiras, numa alusão as árvores que a ornamentavam. A mudança realizada durante a administração do prefeito Inácio Dall'Agnol e do vice-prefeito Bruno Valdo Klein, incluiu também outras Ruas da sede do município emancipado em 18 de dezembro de 1934. Na sua grande maioria tinham o nome de cidades como Passo Fundo, Santa Maria, Pelotas, Sarandi..., e muitas vezes criavam problemas com a correspondência já que o Código de Endereçamento Postal (CEP) só foi adotado na mesma época. Nascido no dia 22 de outubro de 1880 na França, foi batizado como Edmond René Aimé Huyghebaert tendo entrado no Juvenato dos Irmãos Maristas de Beaucamps a um mês de completar 12 anos de idade. No dia 25 de setembro de 1895 recebeu o hábito Marista e o nome de Irmão Gabriel Leão. Começou a lecionar no ano de 1904, mesmo ano em que concluiu seu curso superior em Paris. De acordo com os dados bibliográficos publicados na capa do jornal O Município de Getúlio Vargas, edição nº 11, de 25 de junho de 1955, a perseguição havida nos anos iniciais do século XX a religiosos na França, o obrigou junto com outros Irmãos a deixar a Europa. No Natal de 1904 chegou a capital do Rio Grande do Sul, tendo lecionado nos colégios Santa Maria, Anchieta, Uruguaiana e Garibaldi. Após ter retornado a Europa, onde permaneceu por um ano, recebeu a tarefa de retornar ao Brasil para fundar o Ginásio Roque Gonzáles, em Cachoeira do Sul. Ainda segundo a fonte citada, cumpriu também com êxito a tarefa de organizar a Escola Técnica de Comércio Cristo Rei em Getúlio Vargas. A congregação já atuava no município desde o ano de 1938 e mantinha em funcionamento até então o chamado curso primário quando da sua chegada em março de 1943 na Estação Ferroviária. Professor de matemática e escrituração mercantil o religiosa havia aperfeiçoado o português desde sai chegada ao Brasil. Além da língua natal falava outros quatro idiomas fluentemente. Autor de inúmeros cantos religiosos e profanos era dotado de uma cultura extraordinária e ao longo dos treze anos em que trabalhou e residiu em Getúlio Vargas formou um extenso círculo de amizades. Um derrame cerebral lhe tirou a vida às 12h15min horas do dia 21 de junho de 1955. O velório do Irmão Gabriel Leão foi realizado por exigência dos seus alunos na sala de aula. Em matéria de capa da edição citada a estimativa que mais de duas mil pessoas participaram das cerimônias fúnebres. A Missa de Corpo Presente foi celebrada pelo Bispo Dom Cláudio Colling e espontaneamente o comércio cerrou as portas no dia 22, quando do seu sepultamento realizado no Cemitério do Juvenato Imaculada Conceição. No ano passado os Irmãos Maristas comemoraram o 110º aniversário de presença em solo gaúcho. O primeiro educandário da congregação criada por Marcelino José Bento Champagnat no RS foi instalada no ano de 1910 pelos Irmãos Weibert, Marie Berthaire e Jean Dominici, na cidade de Bom Princípio. A Rede Marista, que atualmente possui 21 escolas distribuídas no RS, encerrou suas atividades em Getúlio Vargas na década de noventa do século passado. Ao longo de meio século de atividades, foi responsável pela formação de diferentes gerações e além do logradouro, Neivo Angelo Fabris - Professor do CEAS, editor do jornal A Folha Regional e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas
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