INTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GETULIO VARGAS

Fundado em 14 de junho de 1995

terça-feira, 14 de maio de 2013

Enfoque História - Lançamento de livro marca aniversário de Erechim e da ACCIE

O trabalho remonta ao período colonial (1500 - 1822).


A Colônia Erechim foi um projeto do Governo do Estado.

 Desde sua instalação em 1909 até 1916 a sede da Colônia Erechim esteve na atual cidade de Getúlio Vargas.

Registro feito no ano de 1913 revela os primórdios da colonização.

Capa da obra que possuí mais de 300 páginas e que será distribuída para bibliotecas de toda a região
No mês de abril a ACCIE – Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim, que comemorou 94 anos de fundação, presenteia a comunidade regional com um livro inédito. A obra literária "Erechim- Retratos do Passado, Memórias no Presente" foi lançada durante um café da manhã, na sexta-feira (26), na sede da Associação. Além de autoridades e convidados a presença dos autores, os pesquisadores Enori Chiaparini e Neivo A. T. Fabris, a jornalista Maria Lúcia Smaniotto, e o publicitário Roberto Hackmann.
Para Claudionor Mores, presidente da ACCIE, a obra presta uma homenagem à Erechim, que se constitui, hoje, em um importante polo econômico do Estado e que no dia 30 de abril completou 95 anos. Para o dirigente da entidade empresarial, as 308 páginas do livro são compostas de fotografias, mapas e narrativas apresentando a história da colonização da região Norte do RS e que resultou na criação do município de Erechim no dia 30 de abril de 1918. Dezesseis anos depois foi emancipado o município de Getúlio Vargas e nos anos e décadas seguintes outros 30 adquiriram autonomia administrativa.
O livro resgata os costumes e a memória dos colonizadores, que, alheios às adversidades enfrentadas, no município fixaram sua morada, submetendo esta região às transformações hoje percebidas. A obra também aborda as circunstâncias históricas que conduziram o processo de ocupação da região conhecida no início do século XX como Sertão do Alto Uruguai e que integrava o território do município de Passo Fundo.
Na solenidade de lançamento do livro, Enori Chiaparini falou em nome da equipe. Ao longo dos últimos três anos as fontes disponíveis, muitas das quais inéditas, foram detalhadamente analisadas. Além do vasto acervo bibliográfico foram realizadas pesquisas na Divisão de Terras Públicas do Estado, Arquivo Histórico de Erechim, Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas, coleções de jornais e de fotografias, entre outros.
Para a execução, pesquisa, diagramação e impressão de 3.000 exemplares, o projeto contou com recursos do Programa Nacional de Apoio a Cultura. A liberação para a captação de recursos foi publicada no Diário Oficial em 5 de janeiro de 2011. A obra é patrocinada pelas empresas Cavaletti, Comil, Master Supermercados e Olfar. Todas as bibliotecas, entidades culturais e as 32 prefeituras da região vão em breve receber gratuitamente exemplares para seus acervos.
Trecho do Livro:
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 refletiu na organização administrativa e econômica da colônia. Um ano após o estabelecimento do governo luso no Brasil são criados os primeiros quatro municípios da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul: Santo Antônio da Patrulha, Porto Alegre, Rio Grande e Rio Pardo.
Doze anos após instalação dos primeiros quatro municípios foram fundados a freguesia do Divino Espírito Santo da Cruz Alta, território de Rio Pardo. Sua emancipação ocorre em quatro de agosto de 1834 e a Câmara de Vereadores incorpora o território passo-fundense ao município de Cruz Alta como sede de seu 4º Distrito. Passados apenas dezenove dias foi instalada no referido distrito uma Capela sob a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Quando da proclamação da Independência do Brasil, a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul tinha aproximadamente 106.100 habitantes, dez por cento dos quais residindo em Porto Alegre. O decênio farroupilha (1835-1845), que dividiu a Província de São Pedro entre os defensores da República Rio-Grandense e os que permaneceram fiéis ao Império, atingiu a economia sulina, provocando o enxugamento populacional retomado somente após o Tratado de Ponche Verde.
Publicado no suplemento Enfoque, edição de 03 de maio de 2013.

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