O trabalho remonta ao período colonial (1500 - 1822). |
A Colônia Erechim foi um projeto do Governo do Estado. |
Desde sua instalação em 1909 até 1916 a sede da Colônia Erechim esteve na atual cidade de Getúlio Vargas. |
Registro feito no ano de 1913 revela os primórdios da colonização. |
Capa da obra que possuí mais de 300 páginas e que será distribuída para bibliotecas de toda a região |
No
mês de abril a ACCIE – Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim,
que comemorou 94 anos de fundação, presenteia a comunidade regional com um livro
inédito. A obra literária "Erechim- Retratos do Passado, Memórias no Presente"
foi lançada durante um café da manhã, na sexta-feira (26), na sede da
Associação. Além de autoridades e convidados a presença dos autores, os
pesquisadores Enori Chiaparini e Neivo A. T. Fabris, a jornalista Maria Lúcia
Smaniotto, e o publicitário Roberto Hackmann.
Para Claudionor Mores, presidente da ACCIE, a obra presta uma homenagem à
Erechim, que se constitui, hoje, em um importante polo econômico do Estado e que
no dia 30 de abril completou 95 anos. Para o dirigente da entidade empresarial,
as 308 páginas do livro são compostas de fotografias, mapas e narrativas
apresentando a história da colonização da região Norte do RS e que resultou na
criação do município de Erechim no dia 30 de abril de 1918. Dezesseis anos
depois foi emancipado o município de Getúlio Vargas e nos anos e décadas
seguintes outros 30 adquiriram autonomia administrativa.
O
livro resgata os costumes e a memória dos colonizadores, que, alheios às
adversidades enfrentadas, no município fixaram sua morada, submetendo esta
região às transformações hoje percebidas. A obra também aborda as circunstâncias
históricas que conduziram o processo de ocupação da região conhecida no início
do século XX como Sertão do Alto Uruguai e que integrava o território do
município de Passo Fundo.
Na solenidade de lançamento do livro, Enori Chiaparini falou em nome da
equipe. Ao longo dos últimos três anos as fontes disponíveis, muitas das quais
inéditas, foram detalhadamente analisadas. Além do vasto acervo bibliográfico
foram realizadas pesquisas na Divisão de Terras Públicas do Estado, Arquivo
Histórico de Erechim, Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas,
coleções de jornais e de fotografias, entre
outros.
Para a execução, pesquisa, diagramação e impressão de 3.000 exemplares, o
projeto contou com recursos do Programa Nacional de Apoio a Cultura. A liberação para a captação de recursos foi
publicada no Diário Oficial em 5 de janeiro de 2011. A obra é patrocinada pelas
empresas Cavaletti, Comil, Master Supermercados e Olfar. Todas as bibliotecas,
entidades culturais e as 32 prefeituras da região vão em breve receber
gratuitamente exemplares para seus acervos.
Trecho
do Livro:
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em
1808 refletiu na organização administrativa e econômica da colônia. Um ano após
o estabelecimento do governo luso no Brasil são criados os primeiros quatro
municípios da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul: Santo Antônio da
Patrulha, Porto Alegre, Rio Grande e Rio Pardo.
Doze anos após instalação dos primeiros quatro municípios foram
fundados a freguesia do Divino Espírito Santo da Cruz Alta, território de Rio
Pardo. Sua emancipação ocorre em quatro de agosto de 1834 e a Câmara de
Vereadores incorpora o território passo-fundense ao município de Cruz Alta como
sede de seu 4º Distrito. Passados apenas dezenove dias foi instalada no referido
distrito uma Capela sob a proteção de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida.
Quando da proclamação da
Independência do Brasil, a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul tinha
aproximadamente 106.100 habitantes, dez por cento dos quais residindo em Porto
Alegre. O decênio farroupilha (1835-1845), que dividiu a Província de São Pedro
entre os defensores da República Rio-Grandense e os que permaneceram fiéis ao
Império, atingiu a economia sulina, provocando o enxugamento populacional
retomado somente após o Tratado de Ponche Verde.
Publicado no suplemento Enfoque, edição de 03 de maio de 2013.
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